A supervisão individual na Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) configura-se como um dispositivo essencial de formação contínua, tanto para profissionais iniciantes quanto para aqueles com maior experiência clínica. Diferentemente de abordagens voltadas predominantemente à avaliação técnica de condutas, a supervisão na ACP privilegia um caráter vivencial, em que o foco está na experiência subjetiva do terapeuta e na qualidade da relação estabelecida com a pessoa atendida.

    Trata-se de um espaço de escuta e reflexão que favorece a ampliação da sensibilidade clínica, o aprofundamento da atitude empática e o desenvolvimento da congruência como base do encontro terapêutico. Como enfatiza Rogers (1975), “ser empático é perceber o mundo interior do outro como se fosse o próprio, sem jamais perder essa condição de ‘como se’” (p. 5), o que implica, no contexto supervisivo, a capacidade do supervisor de acolher o terapeuta com a mesma atitude que este é convidado a oferecer ao cliente.

    Para o terapeuta em formação, esse processo facilita o contato com seus próprios sentimentos, dúvidas e desafios, promovendo segurança interna e desenvolvimento da atitude facilitadora. Já para o profissional experiente, constitui uma oportunidade de reinscrição de sentidos, revisão de práticas e reafirmação ética do compromisso com o cuidado. Nesse sentido, a supervisão também opera como campo de autenticidade e transformação. Como assinala Rogers (1961), “a curiosa contradição é que, quando me aceito como sou, então posso mudar” (p. 17), reafirmando a ideia de que o crescimento pessoal e profissional emerge de contextos relacionais sustentados pela aceitação incondicional.

    Caso tenha interesse, fale com  Mário Silveira, psicólogo clínico e supervisor na Abordagem Centrada na Pessoa. Clique no link do Whats: 

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